DORT

DORT

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O que são D.O.R.T. ?
Distúrbio Osteo-muscular Relacionado ao Trabalho.
• Grupo heterogêneo de distúrbios funcionais e/ou orgânicos;
• Induzidos por fadiga neuro-muscular muscular devido;
• Ao trabalho realizado numa posição fixa (trabalho estático) ou com
movimentos repetitivos principalmente de MMSS;
• Falta de tempo de recuperação pós-contração e fadiga (falta de
flexibilidade, ritmo elevado de trabalho);
• Quadro clínico variado: dor, formigamento, dormência, choque,
peso, fadiga precoce;
• Com a presença ou não de entidades ortopédicas: tendinite,
tenossinovite, sinovite, peritendinite, em particular de ombros,
cotovelos, punhos e mãos; epicondilite, tenossinovite estenosante
(DeQuervain), contratura de Dupuytren, dedo em gatilho, cisto,
STC, STUInar (nível de cotovelo), síndrome do desfiladeiro
torácico, etc;
• E presença ou não de quadros mais generalizados: síndrome
miofascial, mialgia, síndrome tensão do pescoço, distrofia
simpático-reflexa / síndrome complexa de dor regional.
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É MODA ?
• Japão
• Austrália
• Estados Unidos
• Países Escandinavos
• Brasil - década de 80
* Falta de reconhecimento anterior devido a:
1- Desconhecimento e falta de preparo de profissionais de saúde.
2- Falta de interesse das empresas em reconhecer as doenças como
relacionadas ao trabalho.
* Existência de Pressão Social
- Portaria de 1987 - Previdência Social, tenossinovite do
digitador.
* Portaria de 1991 - Portaria do INSS, amplia o conceito de
LER.
* Portaria de 1997 - DORT.
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Aumento das notificações de LER / DORT
• As LER / DORT são de “domínio público”, o que não ocorre com
outras doenças relacionadas ao trabalho, como a PAIR, silicose,
asbestose, etc;
• Há pressão social para que se notifiquem as LER / DORT, pressão
esta que aumenta pelos períodos de afastamento do trabalho
prolongados, pôr ter atingido a classe média em grandes dimensões;
• Interesse e informações pela mídia e imprensa mais específica
(sindical, de empresas, etc);
• A percepção e exigência de saúde e bem-estar muda conforme a
época; hoje, algumas condições sob as quais trabalhavam os
trabalhadores há 100 anos atrás são consideradas inaceitáveis;
• A incapacidade para trabalhar ocasionada pelas LER / DORT faz as
pessoas procurarem auxílio e tratamento;
• Trabalhadores das mais variadas categorias profissionais, inclusive
vários de classe média são atingidos, sendo que muitos deles têm
convênio médicos, ampliando a rede de saúde interessada.
Predomínio em mulheres: motivos ?
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• “Feminilização” dos postos de risco
• Fatores hormonais
• Diferenças anatômico-fisiológicas: síndrome da tensão do pescoço,
mulheres têm mais fibras musculares do tipo 1, usadas nas
contrações estáticas.
Faixa Etária: jovens.
Ramos de Atividades
• Caixas
• Bilheteiros
• Operadores de máquinas
• Montadores de componentes eletrônicos
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• Riscadeiras
• Bordadeiras
• Costureiras
• Digitadores
• Embaladeiras
• Controladores de qualidade
• Escolhedeiras
• Separadores de documentos
• Compensadores de cheques
Lembretes:
• A clínica é soberana;
• Os exames complementares podem auxiliar, se analisados à luz do
quadro clínico. Do contrário, podem atrapalhar;
• Os exames complementares devem ser solicitados corretamente.
Cada um deles tem suas especificidade;
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• Os exames complementares não dão o veredito final. Quem dá é o
médico, auxiliado por informações do quadro clínico, exames
complementares e evolução do paciente;
• Não peça exames complementares indiscriminadamente: você estará
sacrificando o paciente, onerando o sistema de saúde e sendo um
mau profissional.
Fisiopatologia.
• Processo inflamatório
• Outros mecanismos envolvidos
• Hipótese neurogênica
• Hiperalgesia secundária
Estímulos Dolorosos.
• Situações normais;
• Sistema de supressão da dor é ativado;
• Dor inibida ou minimizada.
Pacientes com LER / DORT.
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• Condicão dolorosa intensa ou prolongada, estímulos de natureza
variada, mesmo não nocivos são interpretados como dolorosos;
• Alteração no sistema de supressão de dor o que torna receptores da
medula espinhal e tálamo hipersensíveis a estímulos que em
situações normais seriam insuficientes para causar sensações
dolorosas.
Hipótese Neurogênica.
• Irritação de tecido nervoso que adquiriram propriedade de aumentar
a mecano sensibilidade e de formação de impulsos ectopicos;
• Alteração dos tecidos nervosos sensitivos decorrentes de tensão
mecânica excessiva e/ou fricção associada com trabalho manual
pesado, repetitividade e posturas fixas de cabeça e pescoço;
• Afeta principalmente (coluna cervical, raízes nervosas e plexo
braquial).
Hiperalgesia Secundária.
Reflexo neuropático como conseqüência do transbordamento do
portão aferente da dor a partir de estímulos provenientes de mecano
receptores e nociceptores de sítios anatômicos relevantes (articulações
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apofisárias de coluna ou estruturas relacionadas a elas, músculos,
tendões, cápsulas articulares, estruturas do sistema nervoso
periférico).
Tratamento:
As LER / DORT desnudam a falência do sistema de assistência ao
paciente portador de dor crônica e a indústria de clínicas de
fisioterapia de qualidade inadequada.
Coloca o profissional que assiste ao paciente diante de problemas
sociais, culturais, econômicos e políticos, conflitos com a Previdência
Social, convênio médico e empresa.
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Como é o paciente com D.O.R.T. ?
Ele pode ter os seguintes SINTOMAS:
• Sensação de peso e fadiga
• Dor
• Alodínea
• Sensação de edema
• Sensação de enrijecimento muscular
• Choque
• Dormência
• Formigamento
• Caimbras
• Falta de firmeza nas mãos
• Sensação de fraqueza muscular
• Sensação de frio ou calor, alternadamente
• Limitação de movimentos, em geral pela dor
• Dificuldade para dormir pela dor, acordando durante a noite
• Acometimento psicológico: frustração, medo do futuro, ansiedade,
irritação, raiva de seu estado de incapacidade
• Outros
Ele pode ter as seguintes Incapacidades e Limitações.
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• Diminuição da agilidade dos dedos
• Dificuldade para pegar ou segurar pequenos objetos
• Dificuldade em permanecer sentado por muito tempo
• Dificuldade para manter os MMSS elevados ou suspensos
• Dificuldade para escrever / mudança de caligrafia
• Dificuldade para segurar o telefone
• Dificuldade para carregar pequenos pesos
• Falta de firmeza para segurar objetos
• Dificuldades para atividades de higiene pessoal
• Dificuldade para cuidar de crianças
• Dificuldades para atividades domésticas em geral
• Outras
Ele tem quase sempre DOR.
DOR: Experiência subjetiva desagradável decorrente da expressão
integrada de mecanismos neurofisiológicos aferentes e fenômenos
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afetivo-emocionais suscetível a modulação de fatores culturais e
ambientais.
ATENÇÃO
Se você pensar que poderá tratar apenas um
pedaço do corpo esquecendo do resto, estará
fadado ao fracasso.
Objetivos do tratamento e reabilitação.
• Diminuir a procura por assistência “desqualificada”
• Diminuir a ansiedade, angústia e depressão
• Aumentar gradativamente a capacidade laboral
• Aumentar gradativamente a capacidade para atividades rotineiras
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• “Ensinar” a diminuir ou eliminar a dor (controle)
• Diminuir ou eliminar outros sintomas (controle)
• Diminuir ou retirar a medicação
• Propiciar o auto-conhecimento e ensinar a auto-medicação
• Propiciar o conhecimento de seus limites
• Propiciar o retorno ao trabalho: ajudar a superar o medo,
insegurança
Experiência do CRST.
• Grupo Qualidade de Vida
• Ambulatório de Fisioterapia
• Homeopatia
• Atendimentos individuais em Saúde Mental
• Atividades aeróbicas (caminhadas regulares, hidroginásticas)
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Números: eles existem ?
Estatística Ambulatorial de Serviços de Saúde do Trabalhador.
Serviço
Número de
trabalhadores com
LER
Número de
trabalhadores com
doenças
ocupacionais
Porcentagem de
trabalhadores com
LER
( % )
CEREST-SP 1046 1598 65,4%
NUSAT-BH 554 963 57,5%
CRST- Campinas 199 593 33,5%
PST - Jundiaí 186 576 32,2%
CRST - ES/96
CRST - ES/97
278
412
675
838
41,2%
49,2%
Fonte: publicações de serviço


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AYLSON ANTONIO

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